Era de Ultron e o sexismo: Viúva Negra

Algo bastante comum quando se vê um filme mais de uma vez é encontrar detalhes que não tinham te chamado atenção antes.  Quando você vê pela primeira vez – ou somente uma vez – há aquele entusiasmo marcante de estreante. Você está animado com o filme e isso acaba te fazendo deixar coisas passarem. Especialmente quando não se vai a sessão com o pensamento de analise, especialmente quando se é leigo, como eu ainda me considero, em análise de cinema. Então, quando eu fui ver o novo filme dos Vingadores no cinema pela primeira vez, eu saí incomodada da sala, mas não o suficiente para pensar em reativar esse espaço com um texto sobre ele.

Hoje eu fui ver Vingadores: Era de Ultron pela segunda vez. E dessa vez eu achei bastante necessário fazer uma entrada no blog ligeiramente largado às moscas. Não porque eu acho que a minha opinião realmente vá fazer alguma diferença, mas porque eu preciso tirar um bolo que está entalado dentro da minha garganta sobre esse filme. E também aproveito essa breve introdução para falar que eu não sou uma leitora dos quadrinhos de nenhum dos personagens ou de quadrinhos em geral, então estarei falando somente do universo cinematográfico da série. E, claro, esse texto contém spoilers.

Eu gostei do filme, para começo de conversa. Gostei muito da história, gostei muito dos personagens novos, gostei muito de tudo que ele abriu de espaço para os próximos filmes.

Eu não gostei do sexismo presente em toda a história. Não gostei do tratamento que a Viúva Negra recebeu tanto dentro quanto fora das telas – pela equipe de publicidade, pelos outros atores, por tudo. Não gostei do fato de que no filme são nove personagens que participam da equipe – Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra, Gavião Arqueiro, Visão, Pietro e Wanda Maximoff – e somente duas são mulheres (além de não ter nenhuma pessoa não caucasiana, ignorando que o Visão literalmente não é humano). Não gostei que as duas personagens femininas da equipe terminam o filme sendo salvas.

Em resumo, eu não gostei de muitas coisas e eu gostaria de falar sobre elas aqui.

O meu primeiro ponto é a caracterização da Viúva Negra. Para quem não conhece a personagem, esse é o codinome de Natasha Romanoff (em inglês, Black Widow) que é uma agente da SHIELD quando nós a temos apresentada nos primeiros filmes onde ela aparece (Homem de Ferro 2, Os Vingadores, Capitão América 2 e Era de Ultron). No primeiro filme dos Vingadores ela está na formação da equipe e continua assim durante os seguintes, mesmo depois da dissolução da SHIELD em Capitão América 2 e no seriado Agentes da SHIELD.

Em Era de Ultron a personagem aparece novamente como uma parte da equipe – a única mulher – e ela é introduzida em uma espécie de relacionamento com o alterego do Hulk, o cientista Bruce Banner. Não há nenhum problema em duas pessoas terem um relacionamento, mas quando a única mulher em uma equipe repleta de homens é introduzida de cabeça em um relacionamento com um desses da equipe há de se perguntar qual é a necessidade disso. Por que é necessário que exista um relacionamento? Por que Natasha tem que estar apaixonada? Por que a única mulher na equipe tem que ter uma história romântica?

Esse romance é primeiramente desenvolvido com o fato de que ela dominou uma técnica para adormecer o Hulk e trazer de volta o cientista, chamado no filme de “lullaby” (canção de ninar, em tradução literal). Não há nenhum problema nisso, claro. Também não há nenhum problema nos dois se aproximarem por conta disso, uma vez que Natasha seria a única a ser capaz de “dominar” a fera. Mas aí, novamente, vem o questionamento: Por que ela? A única resposta que me vêm à cabeça é que era necessário alguém que fosse capaz de ser gentil. Por que a personagem feminina é a que é religiosamente sempre vista como a mais gentil?

Durante o filme, o relacionamento entre Natasha e Bruce se estreita até que chegamos em uma conversa dos dois depois que eles foram manipulados por Wanda e estão na casa da família do Gavião Arqueiro (Clint Barton). A manipulação de Wanda nos deu um primeiro aspecto, uma leitura leve, sobre o que vem por trás de Natasha e da figura da Viúva Negra. Uma ‘backstory’ da personagem. Isso era necessário chegar em algum momento até porque – apesar dos pedidos do fandom – a Marvel não viu a necessidade de nos dar um filme da única mulher dentro da equipe cinematográfica dos Vingadores. E, abalada pela lembrança da sua história, Natasha e Bruce tem uma conversa sobre irem embora, sobre deixarem todo esse negócio de salvarem o mundo.

No meio dessa conversa Natasha fala uma coisa que me fez, mesmo na primeira vez que eu vi o filme, ficar bastante irritada. Ela fala que fizeram ela ficar estéril durante o seu treinamento como espiã e que isso faz dela um monstro, tal como o Hulk. Quando eu ouvi ela falando isso eu tive que chacoalhar a cabeça para tentar não me levantar e ir embora. Como assim ser uma mulher e ser estéril te faz um monstro? Eu entenderia se ela estivesse dizendo que as pessoas que fizeram isso com ela são monstros porque isso é uma óbvia violação do corpo de uma mulher. Só que desde quando nós ainda vemos mulheres que não podem (ou não querem) ter filhos como monstros? Desde quando uma mulher voltou a ser única e originalmente um receptáculo para uma prole ao ponto de que quando ela é incapaz de gerar filhos por intervenção externa ela se torna equivalente a uma criatura verde enorme que literalmente destrói uma cidade durante o filme?

Pelo que eu entendi, isso poderia ter duas explicações e as duas me parecem tão ofensivas quanto possível. A primeira é que Natasha realmente se considera um monstro por ser estéril. E isso, em um filme, toca toda e qualquer mulher que não possa ou não queira ter filhos. Eu não quero ter filhos e eu me senti terrivelmente ofendida por essa explicação – isso diz que por eu não querer ter filhos (mesmo não sendo estéril) então eu sou pior que um monstro. A segunda é que a esterilização fez com que ela tivesse mais facilidade em fazer o que a organização para qual ela trabalhava, em matar, e isso é tão ofensivo quanto. Isso é a mesma coisa que dizer que toda mulher na TPM é incontrolável. É você dizer que os seus hormônios controlam tudo o que você é e ainda que toda mulher estéril é uma pessoa menos capaz de se conectar com outros seres humanos a ponto de matar.

É completamente absurdo.

Além disso, eu fiquei completamente embasbacada em sequer descobrir que uma personagem que nunca tinha dado nenhum indício de querer ter uma vida normal, filhos, uma casa no campo e um cachorro tinha esses desejos. Mas acho que não é importante para o espectador ter uma caracterização de personagem convincente, certo? Não é importante que nós conheçamos mais sobre a única personagem feminina que faz parte dos Vingadores, certo? Não é importante que as suas motivações e seus desejos fiquem mais claros para o espectador, não é? Até porque ela é uma mulher e todo mundo sabe que toda mulher quer ter uma casa e uma família, porque toda mulher quer ter filhos. É para isso que nós fomos feitas, afinal.

De qualquer maneira, eu consegui manejar continuar a assistir o filme sem vomitar. Até porque eu estava realmente gostando da história e não queria estragar a minha experiência. A trama se segue e chegamos em um momento que Natasha é sequestrada pelo vilão, Ultron. Ela é levada para o lugar onde ele está manifestando seus planos e… Fica lá até ser resgatada pelo cientista Bruce Banner. Eu não contei quanto tempo de filme se passa sem que a trama ache necessário nos mostrar sobre como está Natasha está. Ela aparece sendo trancada em uma jaula, depois aparece mandando uma mensagem por código Morse à Clint (que não sabemos como chegou a ele, deve ser a magia da espionagem) e depois aparece quando é resgatada. Mas a primeira coisa que me veio a cabeça quando vi que ela só conseguiu sair durante um resgate foi por que? Por que a única mulher da equipe teve que ser resgatada por um dos homens? Por que a única mulher da equipe teve que ser sequestrada? Por que a única mulher da equipe ficou sentada esperando o resgate? Afinal, eles não tiveram nenhuma necessidade de nos mostrar que ela tentou escapar, então imagino que ela tenha ficado sentada lá esperando. Talvez na versão estendida exista alguma cena desse tipo que ao menos nos mostre Natasha tentando. Mas no filme o que parece é que ela era a donzela indefesa presa na torre.

Outro problema que eu vi nesse filme foi o mesmo que eu já vi na participação dela em outros filmes da Marvel. Natasha é, novamente, uma bengala para o desenvolvimento do personagem masculino, dessa vez voltado para o Bruce. Só que isso não foi um problema tão grande nesse filme porque ao menos ela teve algum desenvolvimento, ao menos ela também recebeu um tratamento na trama, enquanto nos outros ela é uma folha em branco esperando a necessidade de ser usada. Ela teve mais desenvolvimento nesse filme do que em todos os outros em que ela apareceu. Como um amigo meu falou enquanto discutia esse filme, ela “foi bem desenvolvida no filme, teve falas e personalidade, chutou bundas, mostrou um senso de humor, foi misteriosa, teve chances de se mostrar forte, de ser vulnerável”.

Eu não achei nada ruim, então, os últimos momentos da Natasha no filme. Não achei ruim ela ter sido salva pelo Hulk na batalha final – principalmente porque o Clint teve que ser salvo também. Eu também não me incomodei dela ter tido toda aquela conversa com o Hulk antes dele desaparecer com o avião. Aquilo foi super bem posicionado na trama e, bom, se você está envolvida emocionalmente com alguém, você quer ajudar essa pessoa a superar os obstáculos. E muito menos eu me incomodei quando Natasha seguiu em frente depois do Bruce ter decidido ir embora. Ela não ficou em um canto chorando, ela não ficou sofrendo com o seu coração partido. Ela levantou a cabeça, lidou com isso e seguiu em frente.

Então é aquela coisa, né. O filme não foi perfeito, não foi 100% incrível e fenomenal. Foi um bom filme, mas tem seus problemas. Só que diferente do que o Tumblr parece achar isso não é exclusivamente um problema com o Joss Whedon. Eu não vou defender ele, mas preciso ser o advogado do diabo um pouquinho. Ele escreveu o roteiro, sim. Ele dirigiu o filme, sim. Mas até que ponto ele esteve sobre controle da edição desse filme? Até que ponto nós sabemos se alguém “de cima” chegou e mandou fazer diferente? Até que ponto ele tem um controle criativo completo e absoluto? A Marvel não é uma empresa santa. Já faz algum tempo que diversos diretores e atores tem falado coisas ruins sobre a empresa, que diversos diretores, inclusive, tem deixado a empresa.

Terrence Howard, Edward Norton, Mickey Rourke foram os três grandes nomes de atores que deixaram os filmes e já deram entrevistas bastante controversas sobre a Marvel. Terrence Howard saiu por problemas com o seu pagamento nas continuações da franquia do Homem de Ferro, que iria ser singularmente diminuído ao que parece para dar mais ao Robert Downey Jr. Edward Norton se recusou a fazer parte da publicidade para o seu filme do Hulk depois da grande maioria das cenas que ele escreveu tentando dar um desenvolvimento maior ao personagem foram cortadas na edição. Mickey Rourke teve o mesmo problema em Homem de Ferro 2.

No grupo de diretores o Jon Favreau deixou a Marvel depois do desastre com Homem de Ferro 2, mas continuou como produtor de outros filmes franqueados pela empresa. Ao explicar a sua saída, ele disse que queria trabalhar em coisas novas e diferentes, em projetos que não viessem com expectativas. Mas há diversas sugestões que isso tenha ocorrido pela forma como a Marvel agressivamente interferiu na produção do filme e na edição. Kenneth Branagh, diretor de Thor, afirmou que não iria voltar a dirigir a franquia porque não conseguia arranjar espaço na sua agenda e, também, por diferenças criativas. Patty Jenkins iria ser a primeira mulher a dirigir um filme de super-heróis para a Marvel com Thor 2, mas ela também deixou a produção por diferenças criativas. Alan Taylor, o diretor de Thor 2, foi um grande crítico do filme falando que ele não teve controle sobre a versão final da história e, sem nenhuma surpresa, não deve voltar a trabalhar com a Marvel.

Tendo esse histórico em consideração, em até que ponto podemos dizer que esse tratamento é inteiramente, 100%, total culpa do Joss Whedon, diretor e roteirista de Vingadores: Era de Ultron? Levando em consideração que as publicidades e merchandising do filme não tem tido nem a participação da Viúva Negra, em grande parte, como podemos esperar que essa empresa nos dê uma edição digna dela no filme? Também levando em consideração que apesar da Viúva ter a terceira maior quantidade de tempo de tela, ela só tem 24 brinquedos retratados (enquanto o Homem de Ferro tem mais de 400)? E eu nem estou falando de figurinhas de ação (até porque se alguém me responder que mimimimi meninas não compram figurinhas de ação eu vou só rir), mas de ursinhos de pelúcia, inclusive:

Não estou defendendo completamente o Whedon, até porque o roteiro é dele, o filme é dele. Mas até que ponto a empresa, a Marvel, não teve um dedo a discutir isso? Acho muito inocente apontar o dedo para uma pessoa em uma megaprodução, em um blockbuster, e falar que ele foi feio, bobo, chato e fedorento.

Eu ainda pretendo fazer uma outra postagem falando especificamente sobre a Wanda e as outras três personagens femininas de destaque que há na trama: a agente Maria Hill, a esposa e dona de casa Laura Barton e a doutora Helen Cho.

8 comentários em “Era de Ultron e o sexismo: Viúva Negra

  1. Parei de ler quando disse que ela se tornou monstro quando a fizeram estéril…
    Ela não disso isso, simplesmente falou que se tornou um monstro com o seu treinamento para matar pessoas, e a fizeram esteríl para não ter outra vida para se preocupar e se concentrar apenas no trabalho.

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  2. Priscila, respeito sua opinião porém discordo absurdamente, a industria cinematógráfica dos quadrinhos, por mais que esteja abrindo seus horizontes para as mulheres, também apreciarem os filmes, seu publico alvo é o sexo masculino e sempre foi, por isso o fato dos homens salvarem as mulheres que vc mencionou, por mais que no mundo fora do cinema não seja assim, os homens gostam de serem vistos como “super heróis” salvando as donzelas, por isso veja o filme, levando em conta que vc n é o seu publico alvo.

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    1. Esses filmes que tem como em vista gerar bilhões de dólares eles não podem se limitar ao público alvo, o objetivo é ganhar dinheiro, é que nem você falar de video games, já tem pesquisas comprovando que mais mulheres jovens possuem consoles do que homens jovens nos EUA. Uma coisa é o seu público alvo ser uma coisa e isso fazer sentido financeiramente, e outra coisa é o seu público alvo ser uma coisa completamente ultrapassada que não condiz mais com a realidade, o que é o caso. Isso não existe mais, um filme que tem o apelo de um filme de Avengers que vai ser visto por famílias inteiras, tenham eles filhos meninos ou meninas, fangirls adolescentes (que se você vai em qualquer plataforma onde fandom se expõe online o público feminino ultrapassa o público masculino sem dificuldade) e o objetivo do filme é ser visto pelo maior número de pessoas POSSÍVEL, eles não podem limitar o público alvo há um grupo que não é nem o maior grupo específico que vai ver o filme. Talvez fosse 10 anos atrás, talvez fosse 20 anos atrás, mas se iludir que ainda o é, é muita falta de informação. Esse argumento da Priscilla não foi feito SÓ pela Priscilla a grande MAIORIA dos críticos americanos achou que esse filme foi extremamente FRACO perto da maioria dos outros filmes da marca ‘Marvel’, mais fraco do que o Avengers que antecedeu e em relação a Captain America: Winter Soldier é uma piada (outro filme que não reduz personagem feminina nenhuma exclusivamente a donzela, principalmente a personagem com quem MENOS FAZ SENTIDO você fazer isso, é ignorar o seu canon estabelecido até então pra agradar o ego de alguns mascus que não são nem uma fração grande do público desse filme, não mais, sério amigo, isso pode doer amigo, mas a verdade dói. Não é a toa que as coisas mais aclamadas da Marvel hoje em dia são os filmes dos Russo (ambos os Captain America) e as obras deles em conjunto com a Marvel, porque ambos mostram personagens femininas que são mais do que donzelas indefesas, mesmo mostrando que essas mulheres precisam de ajuda as vezes, mostram os homens precisando de ajuda também, mostram as mulheres salvando esses homens várias vezes, até quando é a Clair Temple que é só uma enfermeira ajudando a dar um jeito nas feridas do Matt, mas precisando ser resgatada por ele eventualmente. O que acontece são que essas plots são bem construídas, elas condizem com a história narrada até então, com o que se mostra verdade no canon, e diminuir a Natasha que é pra ponto de argumento uma das pessoas mais capazes do universo Marvel (ela foi a única que conseguiu enganar o Loki, é por causa dela que a Hydra é exposta, e que o Fury tinha a inteligência que tem em cima do Tony) você limitar ela a uma personagem secundária, num romance que também é secundário e ficou forçado PRA CARALHO, quando outras pessoas já mostraram que é possível utilizá-la de maneira inteligente num filme, foi risível. O Whedon foi demitido porque esse filme foi uma bosta amigo, a Marvel tá sangrando pelos ódios de raiva dele, eles tão cruzando todos os dedos pra que Civil War construa esse estrago porque a crítica em cima de Age of Ultron foi horrível – porque newsflash o filme é ruim, o Whedon conseguiu cometer todos os tipos de erros que ele costuma cometer ao longo de várias temporadas de uma série mas que são equilibradas pelos seus acertos, em um filme de 2 horas que teve poucas coisas boas pra fazer você esquecer a bosta colossal que foi – E de nenhuma maneira SÓ por causa da Natasha, apesar de em grande parte por causa disso. Você dizer que é assim mesmo, que é isso que os executivos do estúdio querem quando o cara foi demitido pelos executivos e os caras que escreveram e dirigiram bem a Natasha e outros (principalmente mulheres como a Peggy, Sharon e Maria Hill) nos filmes do Cap – que são os filmes que melhor tratam as mulheres – foram os contratados pra escreverem e dirigirem Infinity War parece um pouco de ingenuidade né? Mas cada um com seu cada qual.

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    2. O fato do público alvo dos quadrinhos (que não é o mesmo público alvo dos filmes, principalmente considerando que mais de 50% do público do cinema são mulheres) ser prioritariamente masculino quer dizer que personagens femininas podem ser tratadas como objetos para serem salvos? Eu não consigo concordar ou respeitar esse pensamento, como mulher e como feminista.

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  3. Desculpe-me, mas eu acredito que tem um certo exagero de sua parte. Eu sou homem, mas não fico comemorando como um torcedor por causa dos personagens masculinos. Eu acredito que a razão de haver somente uma mulher na equipe é de tornar-la especial, sendo a “estrelinha” do grupo. Isso não é machismo! Nos dias atuais, o feminismo é levado a sério como uma “religião”. Toda vez que pronunciamos o substantivo “homem”, sempre aparece uma feminista e questiona: Onde está a mulher? Por que homem? Eu repilo seu texto e esta ação. A mulher deve ter sua independência, mas com coerência e responsabilidade. Não compartilho de vossa opinião, eu repilo esta ideia. Mas parabéns pelo texto que é manipulador e sentimental.

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    1. Então, Johnatan. Sabe por que você não comemora as causas de personagens masculinos ou comemora quando os vê representados? Porque eles estão em todos os lugares o tempo todo. É por isso que há o questionamento de onde estão as mulheres na mídia. Sabe porque? Porque no mundo real elas estão em todos os lugares, há mulheres em quase todos os postos e cada vez mais nós estamos entrando nos quadros de trabalho. E a televisão, o cinema, o teatro, a música, a mídia tem que representar isso. Então, sim, é muito absurdo só ter uma mulher com tempo de tela nos Vingadores, do mesmo jeito que é um absurdo não ter nenhum filme com uma mulher como principal até agora e já ter três filmes do Homem de Ferro, dois filmes do Capitão América, um filme do Thor e um do Homem Formiga (ATÉ O HOMEM FORMIGA TEM FILME SOLO E NENHUMA MULHER TEM). A Viúva Negra está desde o primeiro Vingadores, desde Homem de Ferro 2!, aparecendo nas telas da Marvel. Por que ela não ganha mais tempo de tela? Por que ela não ganha um filme solo? Isso são coisas que devem ser questionadas sim. E, provavelmente, por você ser homem que você não consegue ver essas coisas. Mas parabéns pelo seu comentário machista e que aproveita essa deixa para fazer um gaslight básico enquanto tudo o que eu fiz foi expressar a minha opinião.

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